Entrevista exclusiva a Senador Telmário Mota (PDT/RR): “a importância da regulamentação da profissão de educador social, o profissional que, dentro ou fora das escolas, faz toda a diferença por atuar, principalmente, junto a parcelas marginalizadas da sociedade, como índios, moradores de rua e favelas etc.”.
Mais de mil pessoas tomaram as ruas do bairro de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, para protestar contra a chacina cometida por policiais que mataram cinco jovens no bairro de Costa Barros. Cartazes, performances teatrais sobre a violência e o racismo, faixas, falas com críticas duras à política de segurança pública do Estado… Enfim, todos os elementos que devem compor um protesto pela defesa do direito à vida da juventude negra das favelas e da periferia. Mesmo assim, parecia pouco para expressar a indignação e revolta dos presentes. Pouco para expressar a dor e a revolta das mães que perderam seus filhos assassinados pela polícia e que faziam uma fileira expondo as fotos das vítimas cobrando justiça.
Foram 111 tiros disparados pelos policiais, sendo 81 de fuzil e 30 de pistola. Tudo isso pelas costas, segundo laudo da perícia, e contra um carro com cinco jovens entre 16 e 25 anos, todos negros, que saíam para comemorar o primeiro salário de Roberto de Souza, de 16 anos. Este salário vinha de seu primeiro trabalho como jovem aprendiz. Além dos tiros, há indícios ainda de que os policiais tentaram alterar a cena do crime para simular um confronto (1).
Foi mais uma semana de violência policial no Brasil, com diferentes alvos e níveis de gravidade. No domingo, no Rio de Janeiro, cinco jovens negros (de 16 a 25 anos) foram mortos por policiais militares com 111 tiros, 81 de fuzil e 30 de pistola. Pelas costas, apontou a perícia. Na quinta e na sexta-feira, em São Paulo, a PM espancou, com socos e golpes de cassetete, estudantes que protestavam contra a reorganização das escolas proposta pelo governo Alckmin.
“Passou da hora de darmos um basta”, diz o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, fundador do Núcleo de Estudos da Violência da USP. “Mas não conseguiremos isso antes de resolver o racismo fundamental dentro da corporação, a ambiguidade no discurso dos governantes e a impunidade.” Estudioso da violência policial desde os anos 80, ele é o atual presidente da comissão de Investigação da ONU sobre a Síria, em Genebra.
A análises de Pinheiro e muito interessante: “Da elite branca eu não espero nada. Se depender dela, esse basta jamais vai ocorrer. Já as classes médias estão apavoradas eatingidas pela criminalidade e, por isso, acreditam nessa guerra contra o crime. E, infelizmente, a população negra e pobre não tem poder para isso. Os melhores aliados são os ministérios públicos estaduais e o Federal, responsáveis por atuar nos crimes de Direitos Humanos. Universidades, organizações da sociedade civil e igrejas cristãs não fundamentalistas também têm responsabilidade, convencendo os governos estaduais a não tolerarem mais. Essa é uma frente importante, que pode atuar para esse basta necessário. Mas tem de se traduzir nas práticas e políticas dos governos estaduais, o que não está ocorrendo. (…) O que nos impede de avançar é o racismo. O que aconteceu no Rio, em Irajá, os cinco jovens executados, é um caso exemplar. O racismo foi ingrediente fundamental. Cincos negros trucidados porque dirigiam um carro à noite. Negro jovem brasileiro nessas condições torna-se automaticamente suspeito. Porque prevalece um apartheid informal nas polícias militares. Essa é, para mim, a maior indignidade brasileira. Há pesquisas, as autoridades sabem disso. Mas o discurso, infelizmente, é ambíguo. Nenhum governador tem a coragem de assumir o que estou dizendo. A violência é em grande parte fruto do racismo estrutural que prevalece na prática concreta de bom número dos policiais militares.
O processo da Pedagogia Social entre universidades e movimentos sociais
O V Congresso Internacional de Pedagogia Social & Simpósio de Pós-Graduação, em sua quinta edição, realizado no setembro de 2015, em Vitória [Estado do Espírito Santo – Brasil], foi um evento dedicado a discutir, de maneira ampla, a regulamentação da Educação Social como profissão no Brasil; a formação do profissional pedagogo social; e as áreas de atuação que entendem a Pedagogia Social como a Teoria Geral da Educação Social (12).
Outro evento muito importante foi o “II CONGRESSO INTERNACIONAL DE PESQUISADORES E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO SOCIAL E XIII SEMANA DA CRIANÇA CIDADÃ. EDUCAÇÃO SOCIAL: VALORIZAÇÃO DA INFÂNCIA na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Estado do Paraná, Brasil no período de 20 a 22 de maio de 2015. O Congresso foi organizado pelo Programa Multidisciplinar de Estudos, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente (PCA) da Universidade Estadual do Paraná que é vinculado a Pró Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade (UEM). Outras organizações sociais também auxiliaram na organização do Congresso como o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), a Comissão Local, a Associação dos Educadores Sociais de Maringá (AESMAR), o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE), o Departamento de Educação Física da Universidade (DEF) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). O evento obteve financiamento da Coordenadoria de Aperfeicoamento de Pessoal do Nivel Superior (CAPES).
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